domingo, 13 de março de 2011

É PRECISO ASSUMIR O AMOR DE DEUS

Como é difícil manter-se fiel a um Deus que nos deixa livre, que não nos cobra nada. Um Pai amoroso que sempre nos acolhe, mesmo nos momentos em que nos esquecemos Dele. É tão misteriosa e bela essa forma de amar. E é engraçado pensarmos que, na maioria das vezes, fugimos disso. E passamos a viver procurando outras formas de preencher o vazio das nossas almas. Recordo sempre de uma música que diz assim: “Cuidas de mim, sei que tu cuidas de mim, senhor... Mesmo que eu não queira a tua presença, mesmo que eu me afaste de ti, cuidas de mim. cuidas de mim...”. É tão bonito isto: mesmo que estejamos longe Dele, somos cuidados e amados em todo momento.
Hoje, refletindo sobre a presença do amor de Deus em minha vida, percebi que o meu “primeiro amor” é bastante diverso do que sinto agora. Cresci acreditando em um Deus distante, alguém superior, ao qual deveríamos obediência pela força. Meu amor por Ele era mais temor que qualquer outra coisa. Na minha tamanha imaturidade espiritual, não conseguia perceber que Jesus é a pessoa mais próxima, amorosa e fiel, Ele sabe até o que se esconde no íntimo dos corações. Então, qual o sentido do medo de viver esse amor?
Assumir o amor de Deus em nossas vidas, amados irmãos, significa desamarrar as sandálias, arregaçar as mangas e viver conforme a vontade Dele. E isso não quer dizer rezar por rezar, significa, sobretudo, deixar de lado as preocupações cotidianas e abraçar a missão inerente a todos os cristãos, a evangelização através da ação concreta. Ele nos fala “Portanto, quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como um homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha” (Mateus 7, 24).
Certamente, esse caminho não é nada fácil. Ele nos fala também no Evangelho de São Mateus, capítulo 16, versículo 24, “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Jesus quis retratar aqui as dificuldades que seus discípulos enfrentariam ao segui-lo, inclusive perseguições e até a morte. Por isso, para vivermos o amor do Pai, precisamos ter coragem de enfrentar os inúmeros empecilhos que surgem ao longo da caminhada. E não são poucos, mas devemos insistir. Assim, prefiro pensar na vivência do amor de Deus como um desafio, algo que deve ser buscado constantemente, com a mesma força e intensidade com a quais buscamos vencer a nossas guerras. Sem esquecer, obviamente, que o amor de Deus é manifestado através da vida humana. Ou seja, é no amor pelos outros que está a beleza do amor divino.
A paz esteja sempre com vocês!